Pergunta interessante, mas a resposta é: depende! (mas na maior parte dos casos: sim!)
O medo está relacionado com a nossa sobrevivência. Nós temos medo de algo, pois temos a noção que essa coisa pode trazer-nos algo de negativo, por exemplo, as pessoas têm medo de estar em mar aberto, pois têm medo de morrer afogadas, ou seja, estão preocupadas com a sua sobrevivência. Num caso especifico LGBT: as pessoas têm medo de "sair do armário", pois têm medo da reacção da pessoas, mais concretamente têm medo que estas as possam "abandonar", e como nós somos seres sociais, devido à necessidade de nos defendermos de em grupo, pensar que podemos ficar sozinhos, ou seja, indefesos é algo bastante assustador (Nota: é por isso que somos a comunidade LGBT, nós unimos-nos num grupo de forma a defendermos-nos de ameaças exteriores, um local onde nos sentimentos seguros e ligados a todas as outras pessoas, pessoas que nos compreendem, que nos defendem e que nos ajudam...)
Assim o medo é uma emoção muito forte e poderosa, pois para o nosso cérebro existe só um grande objectivo, sobreviver, e é por isso que temos medo de alguma coisa pois essa coisa pode prejudicar a nossa sobrevivência. (Nem todos os medos são racionais e às vezes é necessário perceber que não é preciso ter medo de algo, pois não vai por em causa a nossa sobrevivência.
Mas existe uma emoção muito mais forte que o medo, e como é de esperar, o amor, mas este não pode ser algo recente, têm que ser uma grande ligação, onde nós colocamos a vida de alguém perante a nossa, como se a nossa sobrevivência dependesse dessa pessoa, um grande exemplo é a ligação pai/mãe - filho/a, especialmente bebés (os com mais necessidade de serem protegidos, e que são o nosso futuro), pois nessa altura para o cérebro é muito mais importante manter a nossa descendência, para que no fim a raça humana sobreviva, claro que isto não é controlável, ou seja, é irracional. Também pode existir num casal pois nesse caso o parceiro/a dessa pessoa é necessário para essa pessoa sobreviver, ou seja, numa parte mais irracional "reproduzir-se".
Nota: É interessante questionarmos-nos à cerca disto, pois no fim nós procuramos um parceiro com o objectivo de nos reproduzirmos, mas no caso de procurarmos alguém do mesmo sexo, torna as coisas interessantes, pois isso não pode acontecer, mas mesmo assim o nosso cérebro continua, irracionalmente, à procura de alguém com esse objectivo. (E sim, eu sei que não é só com esse objectivo, mas acaba por ser sempre o maior, mesmo que não possa acontecer...ahahah brainstorm)
Se não existir uma dessas grandes ligações, e se o medo for muito superior ao sentimento que existe, que é o provável, vai acabar por triunfar e assim distorcer o sentimento existente até transforma-lo totalmente num sentimento de medo/receio/ansiedade/stress (sentimentos negativos que tentamos evitar).
Assim depois deste "testamento" (sorry) o meu conselho é: Tentar perceber o medo e enfrenta-lo, no sentido de percebermos se ele é racional, e em muito casos não o é, e assim usar essa parte para combater o medo, ou seja, usar a racionalidade para combater o instinto.