Recentemente foi descoberto que existe um fármaco oncológico com a capacidade de «acordar» o vírus escondido em reservatórios onde os tratamentos actuais não conseguem chegar. Se os ensaios clínicos tiverem bons resultados, a infecção pela HIV poderá ter uma cura idêntica ao cancro, ou seja, alguns conseguirão livrar-se do vírus, outros não... Até agora apenas está provado um caso de cura com um transplante, procedimento em que morrem 50% dos doentes. Não é um tratamento viável para a maioria da população.
Nos EUA foi tomado também outro passo importante para travar a doença. Agora quem tem comportamentos de risco poderá tomar antiretrovirais diariamente, os quais, combinados com a utilização do preservativo, reduzirão a probabilidade de contrair o vírus.
Em 2009 60% dos novos casos diagnosticados foram de homossexuais e bissexuais, nos EUA. Parece que as novas gerações estão a ignorar o vírus. A toma diária de antiretrovirais poderá ser um passo importante para impedir a contaminação de pessoas mais promíscuas, nas quais a utilização de preservativo não é suficiente para prevenir a contaminação pelo vírus. Sabe-se que a larga maioria dos adultos não utiliza protecção no sexo oral, contudo a vírus pode ser transmitido por esta via. Para além disso o preservativo não é um método 100% eficaz, pois rebenta.
Aconselho toda a gente a fazer o teste duas vezes por ano, especialmente no início e no final de uma relação. Incentivem o vosso parceiro a fazer também o teste, e mesmo que sejam os dois negativos utilizem sempre o preservativo. Não acreditem quando alguém diz que é negativo, as pessoas por vezes mentem... mesmo quando não parecem que sejam desse tipo. Tenham também em atenção que o vírus também se transmite pelo sexo oral. Portanto, falem com o vosso parceiro sobre o assunto. E ponham de parte comportamentos promíscuos.