O ghosting ( https://www.google.com/search?ei=np6dX6aTPO6ZlwTpxIBA&q=ghosting&oq=ghosting&gs_lcp=CgZwc3ktYWIQAzIICAAQyQMQkQIyBAgAEEMyBAgAEEMyBAgAEEMyAggAMgIIADICCAAyAggAMgQIABBDMgIIADoECAAQR1CQlgxYkJYMYKmbDGgAcAJ4AIABxwGIAccBkgEDMC4xmAEAoAEBqgEHZ3dzLXdpesgBBcABAQ&sclient=psy-ab&ved=0ahUKEwim2vWsrd_sAhXuzIUKHWkiAAgQ4dUDCA0&uact=5 ) pode acontecer em vários tipos de relacionamentos, nomeadamente na amizade. Já alguém passou por isso? Quem pratica, pratica-o sempre de forma consciente? Não conseguimos colocar-nos nas cabeças das pessoas: como temos a certeza se é ghosting ou afastamento "natural"? Parece-me difícil porque pelo pouco que li percebi que nem sempre é repentino, embora seja sempre sem causa aparente. Há responsabilização de ambas as partes? As vítimas são mesmo vítimas ou simplesmente "a culpa é delas porque elas criaram expectativas e ninguém deve nada a ninguém"? Qual a linha que separa a liberdade de ir sem qualquer "justificação" e ter consideração pelo outro? Alguém já teve medo de dizer "Tenho saudades tuas." por trauma da possibilidade de responderem que estão a cobrar presença? (Esta última pode ser muito perturbadora para pessoas que consideram o respeito pelo espaço do outro algo importante: fica um duro conflito interior entre expressar a verdade do que se sente e respeitar o espaço do outro). Quem tiver respostas se se sentir à vontade escreva por aqui senão podem enviar mp. Obrigada!
Eu sim já passei por isso, e durante muitos anos fiquei a pensar no porque da pessoa ter desaparecido.
Diria que o ghosting, pelo menos na maior parte das vezes, será feito de forma consciente. Quando não é consciente será porque o interesse por manter contacto com aquela pessoa já não é o mesmo, ou porque descobre que afinal não se identifica com os valores do outro, e gradualmente também vão começando a falar cada vez menos até deixarem de ter qualquer contacto.
A maioria dos casos em que não é consciente, acredito que seja de forma natural, seja por a pessoa encontrar novos interesses/ocupações na sua vida ou outra razão qualquer, acaba por naturalmente deixar de tanta atenção ao outro.
Não acho que seja uma questão de responsabilizar ou vitimizar ninguém excepto se houver falta de respeito pelo outro na maneira como se faz (isto aplica-se mais às situações em que é consciente). Ninguém é obrigado a nada, mas ter o cuidado de se justificar quando se pretende "cortar relações" definitivamente, muito provavelmente aliviaria imenso a sensação e a "dor" de se sentir "ghosted" do outro.
Em relação às expectativas, acho que isso é algo inerente às pessoas, acabam-se sempre por criar expectativas seja de que dimensões forem. Dificilmente e raramente (se é que alguma vez acontece) "enfrentamos" algo/alguém sem nenhumas expectativas criadas.
Eu sou dessas pessoas que gosta de respeitar o espaço do outro e tem receito de o estar a perturbar (esse conflito interior é real!!
![Sim! [smiley=sim.gif]](http://www.rea.pt/forum/Smileys/classic/sim.gif)
). A maior parte das vezes acabo por não dizer nada à pessoa, mas nas vezes que digo se calhar em vez de dizer um "Tenho saudades tuas" digo um "Espero que esteja tudo bem contigo". Não é algo tão "invasivo e intimo", não deixa de ser verdade porque me preocupo com a pessoa, e acaba por mostrar a essa pessoa que me lembro/lembrei dela.