Tenho mais do que essa certeza. Definitivamente acredito no poliamor.
Devido à minha liberdade, ao meu altruísmo e a muito mais da minha personalidade pensei que talvez me pudesse dar bem numa situação dessas. A verdade é que não dei mas não foi por falta de afeto, foi porque senti que nenhuma das partes estaria suficientemente bem, aceitariam a situação porque eu a queria mas nunca porque era o que eles queriam. Assim nunca tive uma relação dessas mas foi por amor ao próximo.
Porque amor não é apenas querer estar com aquela pessoa. Amor é querer o melhor para a outra pessoa, é querer que ela seja feliz independentemente de ser ou não ao nosso lado. Porque amar é simplesmente amar, é não querer roubar nada ao outro. E pessoas como eu (porque tenho a certeza que não sou a única) nunca tem amor que chegue para uma única pessoa. E sim, também falo de amor romântico. Quando se tem o coração pronto para amar em qualquer sentido, quando se tem o coração do tamanho do mundo, quando não deixamos que a sociedade nos imponha barreiras sobre o quanto podemos ou não gostar de outra pessoa então sim, é possível amar uma pessoa, duas, ... várias, até perder a conta.
Claro que isso não significa que tenhamos que ter uma relação física com elas. Porque nem todas as pessoas se sentem bem em terem de ser partilhadas. Não têm que ter o coração do tamanho do nosso por muito generosas, queridas e altruístas que sejam. Às vezes é apenas por uma questão de educação por parte da sociedade.
Sim, porque eu acredito que apenas somos monógamos devido à sociedade que nos rodeia. Senão vejamos a história dos reis, vejamos como vivem as famílias em harém, vejamos tantos exemplos históricos, ou não, internacionais, ou não,... Se nos dedicarmos um minuto que seja a tentar compreender este assunto à nossa volta veremos que há muitos exemplos de poliamor. Alguns só por prazer, outros por amor completo. Porque com tantos exemplos não acredito que realmente não tenha existido alguém a amar mais do que uma pessoa com quem convivesse diariamente de forma romântica.
É apenas tentar colocarmo-nos no lugar do outro e tentar entender os seus motivos. Não tem porque ser "estranho"...