É assim mesmo. Maior parte das pessoas que conhecemos não vão "condizer" connosco. O único caminho é seguir em frente e continuar a conhecer pessoas, continuar a ter desilusões. Existe um proveito no erro, existe otimismo na mágoa. Existe também um arco-íris depois da chuva e alguém que nos faça companhia. As pessoas de maior sentido na nossa vida aparecem por acaso, mas é preciso deixá-las entrar primeiro.
Concordo a 100% com o que disseste. Seria menos doloroso o contrário, seria mais confortável pensar que não vou sofrer nem ter desilusões. Já o disse aqui no fórum e sei isto porque vivi na pele: o medo paralisa. Não podemos nem vamos "fazer click" com a grande maioria das pessoas que conhecemos na vida, mas se nos fecharmos, de certeza que estamos condenados à solidão e por cada pessoa que se fecha há outra que também fica sozinha.
Nem é preciso irmos à procura da felicidade, basta estarmos receptivos quando a oportunidade surge. É tudo uma questão de atitude positiva. Temos que estar abertos a confiar de que do outro lado está alguém que pode ser aquela pessoa por quem esperámos eternamente, mesma que a primeira impressão indique o contrário. Como em qualquer outra relação, amorosa ou não, temos de aceitar que a confiança é a base de tudo e que não há mudança sem riscos.
Resumidamente, há uma frase que acho aplicar-se na perfeição aqui: "Take risks: if you win, you will be happy; if you lose, you will be wise". Não podemos ter medo de falhar, porque só falha quem vive e só consegue quem tenta.
Abraços,
Tiago.
Concordo, mas as vezes e dificil por isso em pratica. Quando somos rejeitados ou traidos temos tendencia a desconfiar das pessoas à nossa volta.
Olá Forbidden,
Percebo o que dizes, de que por muito boas que sejam as nossa intenções, nem sempre conseguimos não desconfiar. Eu não disse que é desejável estares sempre à espera que a outra pessoa é correcta e confiável. Eu também já fui enganado, rejeitado, magoado. Todos nós o fomos. Mas eu falei foi de outra coisa: não devemos pensar logo o pior das pessoas que nos rodeiam, eu pelo menos não sou assim. Dou sempre uma oportunidade; eu próprio já magoei outras pessoas e essas mesmas pessoas continuam a ser minhas amigas. Agora, não devemos é deixar que a rejeição ou traição faça de nós "ilhas desertas". Conheces a frase "nenhum homem é uma ilha"? Era um pouco essa mensagem que eu queria passar.
Podemos e devemos ser cautelosos, tentar evitar situações que no passado nos trouxeram sofrimento (i.e. seguir os nossos instintos), mas não podemos nem devemos deixar de viver por causa disso. Mais cedo ou mais tarde o nosso corpo faz questão de nos acordar para a necessidade de mudança. Todos precisamos de socializar, de conviver, é uma necessidade básica. Se nascesses e ninguém te ajudasse, morrias. Percebes o que quero dizer?
Eu podia pensar que devido ao meu "coming out" tardio ninguém alguma vez irá querer conhecer-me, mas o que resultaria disso? O que resultaria dessa atitude e forma de pensar? Ficaria sozinho, com medo do medo, com medo de mudar. E por mais que penses, penses e repenses, no final são as tuas acções que trazem a mudança.
Abraços,
Tiago.