Saudações.
Respondendo directamente:
- Quando eu não vou às reuniões é porque estou com alguma dificuldade em gerir o tempo e/ou outros afazeres de "maior importância" se colocaram, fora isso gosto de ir e sinto necessidade em ir, não tanto pela necessidade de falar sobre as coisas mas sim para ouvir e perceber diferentes pontos de vista sobre o assunto em questão.
Se me permites
hunghup, vou contra-argumentar alguns dos motivos pelo qual não vais, sendo eles, e saliento o facto válidos e de respeitar, contudo tenho uma visão um pouco diferente da que tens.
Antes de mais, saliento que não venho aqui em defesa de quem quer que seja mas sim na qualidade de alguém que já teve oportunidade de estar em diferentes reuniões - de grupos locais diferentes e com coordenadores/dinamizadores diferentes -.
Quando dizes:
Compreendo que a intenção das reuniões seja uma abordagem geral e nao profunda acerca dos mais diversos temas LGBT, neste ponto a opinião pessoal assume o papel major e é esperado que todos participem de igual forma, partilhem e possam aprender.
Eu discordo por isto, quando entrei pela primeira vez "nas" instalações da rede ex aequo, quando houve a apresentação/introdução do que era, como funcionava etc. levantou-se essa questão, pois como é sabido nem todos têm o mesmo à vontade para debaterem ideias, não por falta de argumentação válida mas por variados factores. Ao estarmos quase que a exigir igual participação se calhar muitos irão embora pois não se sentem à vontade mas, com o tempo, a participação poderá ser maior.
Contudo para mim muitos dos assuntos eram abordados de forma leviana e sem profundidade, deixando muitas vezes perguntas no ar, falsos pressupostos e incertezas. Para mim certos temas devem ser primeiramente abordados e tecnicamente contextualizados, e sim depois passarmos ao debate;
Sobre o que falas, tenho que te dar alguma razão, contudo penso que há coisas distintas, que se misturam ou confundem-se. Não nos podemos esquecer que quem dá a cara e tem o trabalho está numa função voluntária, querendo com isto dizer que dá de si o que tem (e por vezes o que não tem) em prol dos outros. Neste contexto, acho que se percebe, os voluntários muitas das vezes não têm formação específica sobre o assunto que vão falar e, às vezes, arranjar alguém que vá falar sobre o assunto não é fácil.
Isto tudo para dizer o quê? Que acho que cabe - não numa óptica de obrigatoriedade mas sim de ajuda - a detentores do conhecimento poder contribuir para desmistificar ou esclarecer determinadas ideias erradamente concebidas.
Por fim isto:
Para mim a dinamica do grupo foi perdendo pontos e interesse pela própria gestão dos responsáveis, que muitas vezes nao conseguiram ser suficientemente persuasivos, acertivos e dinamicos, criando uma atmosfera de mudança e partilha.
Acho que atribuires as culpas para os coordenadores não será de todo verdade, isto porque: "um bolo não se faz só de farinha". Quero eu dizer com isto que nem sempre é possível ter uma reunião com dinâmicas participativas, alegres, etc. pois se quem participa não quer, não será o coordenador a conseguir convencer o contrario, por vezes penso que é o resto do grupo que consegue convencer alguém em particular ou motivar-se no conjunto ao trabalho dos coordenadores. Digo isto porque reconheço que já estive em reuniões em que, quer pelo número quer pela antiguidade da função de coordenação - o que lhes confere mais experiência e mais assertividade -, os coordenadores bem insistiam no entanto graças ao grupo que se criava na reunião é que se conseguiu a participação na dinâmica de grupo.
e [[]] para tod@s.