HLuso,
Acho que existe lugar e necessidade para ambas as coisas, o Pride e a Manifestação. Algures no tempo e nos espaço deste fórum já tinha dado a minha opinião em relação aos Prides. A meu ver, é necessária a participação de todas as vertentes da vivência homossexual, quer sejam sapatonas, bears, lesbian chics, bichas, corpos danone, travestis, etc... a lista é interminável. (Atenção! Nunca, em alguma ocasião, uso este adjectivos com o objectivo de ferir os sentimentos de alguém. Muitas pessoas identificam-se com eles por isso não vejo o mal em utilizá-los de uma forma desprovida de qualquer juízo de valor, se mesmo assim ofender alguém com a sua utilização reconheço o meu erro, peço desculpa e evito a sua utilização com aquela pessoa)
Intrinsecamente, não vejo mal na realização de um ajuntamento, em tons de festa, para celebrar com orgulho, a nossa identidade sexual. O problema reside na ultramediatização de apenas alguns e não do todo. Essa mediatização do todo é essencial para, primeiro, quebrar o esteriótipo, segundo, marcar a presença junto desse adolescentes que se vêm rodeados de símbolos marioritariamente heteressexuais.
Existem de facto datas que, a meu ver, são desprovidas de algum sentimento e servem apenas para fomentar a economia: Dia dos namorados, dia dos mãe e do pai, dia da criança... Mas repara no Dia da Mulher, por exemplo. Não tenho dúvidas que a Mulher conseguiu, à custa de muito soutien queimado do outro lado do Oceano, fazer valer os seus direitos numa sociedade patriarcal. Ou pelo menos em teória... no corpo político, por exemplo, ainda subsiste o sistema de quotas aplicado ao género feminino, o que é um pouco estranho tendo em conta que, para além de terem os mesmo direitos que os homens, são em maior número. Nesse sentido, se é essencial a celebração do dia da Mulher, mais essencial se torna ainda a celebração, em forma de Pride ou outra qualquer, da comunidade LGBT.
Concordo absolutamente contigo na realização dessa manifestação da forma como a enunciaste. É necessário alertar, na forma mais chocante e séria possível para a descriminação na sua forma mais extrema. Assim de repente. lembro-me do jovem homossexual a que pegaram fogo na França. Chocante? Sem dúvida! Hipócrita! Claro que sim... Se fosse um negro, caia logo o Carmo e a Trindade e com toda a razão, uma atitude como estas é completamenta bárbaro e inconcebível no século XXI, independentemente de quem fosse. But one wonders... afinal a discriminação tem diferença de grau?