Isto é montes de parvo mas é que ocorreu-me enquanto respondia a outro tópico uma particularidade sobre mim: é que nunca na minha vidinha de 18 anos me apareceu alguem à frente que me desse aquela vontade imensa de investir numa relação. Nem a minha única relação séria e longa, que foi com um rapaz. Muitos podem dizer "Ah, também só andaste com um rapaz e depois calhou mal e ficaste a pensar que eras lésbica e agora andas a enganar-te a ti própria..."
Não, isso é completamente impossível. Eu não sei nem quero saber o que me trouxe ao que sou neste momento, mas não poderia estar mais satisfeita. Lembro-me perfeitamente que sempre me agradou mais o corpo feminino bem como o intelecto de cariz emocional, por isso a questão não parte daí. Também não saí da relação traumatizada, porque eu já entrei na relação a pensar quando é que ia acabar (apesar disso só ter acontecido mais de um ano mais tarde), só acabei com ele quando ele finalmente propôs acabarmos porque o tinha tentado antes mas ele era uma pessoa problemática e acabava sempre por apelar ao meu espírito de madre teresa de calcutá, e ainda me lembro que no dia em que acabamos senti-me tão livre que só me apetecia saltar de felicidade. Fui a sorrir feita parva para casa e senti-me um bocadinho mal mas depois passou.
Depois disso já estive com várias raparigas, nunca mais estive com nenhum rapaz e não me arrependo nada, mas a verdade é que nunca me lembro de ter sentido aquele sentimento forte de que toda a gente fala. É sempre ou um grande carinho que provem de uma amizade já existente e que não passa disso porque, olhem porque não sei, ou então não sinto coisissima nenhuma e estou ali a fazer frete 8D penso que será talvez uma daquelas situações em que eu poderia dizer "Não és tu, sou eu."
Ora portanto, pergunto-me então se alguém está na mesma situação (e se lhe chamariam assexualidade, falta de profundidade emocional ou outra coisa qualquer) ou se pelo contrário, existem pessoas que se apaixonam com muita facilidade. A mim nunca tal coisa me aconteceu e gostava mesmo de saber como é (dizem que doi quando acaba, mas depois lá me preocupo com isso).