Hoje a minha melhor amiga perguntou-me o pq de eu n andar feliz de ha uns meses para ca! tal levou-me questionar-me sobre a natureza da felicidade, e sobre o que precisamos para ser felizes. Será q a felicidade se resume a ter as necessidades humanas fundamentais satisfeitas?
Muito sinceramente, acho que talvez seja dos conceitos mais difíceis de se definir, talvez por ser tão subjectivo de pessoa para pessoa. No entanto, partindo da pergunta acima formulada onde precisamos de tão pouco para ser feliz, questionei-me se o facto de, realmente, a maioria de nós precisar de tanto para alcançar a felicidade não nos tornará infelizes. Será que o facto de estarmos sempre à procura de mais e melhor sem estarmos satisfeitos com aquilo que temos, não é uma forma de nos manter sempre insatisfeitos?... É uma ideia que me inquieta porque vai totalmente contra a minha maneira de pensar, especialmente em relação a pessoas que se acomodam e nunca vão à procura de mais... Acho, por isso, que não devemos falar em felicidade, mas em felicidades.
Isto é, quando pensamos ter alcançado um estado de felicidade total, o facto é que esse estado se vai entranhando no nosso dia-a-dia, deixando de ser, a pouco e pouco, capaz de gerar a quantidade de felicidade que ao início nos proporcionava. Se calhar é a partir daqui que outras necessidades surgem, necessidades essas que tentamos cumprir até às cumprirmos e elas se acomodarem. Isto claro, aos vários níveis de necessidades do ser humano.
Gostaria também de dizer, que não acredito que a felicidade seja vivida em momentos isolados. Acho que é todo um processo contínuo que vamos, ao longo de toda a nossa existência, tentando apurar e aperfeiçoar. Por isso, bem vistas as coisas, acho que podemos dizer que na prática, somos sempre felizes mesmo quando estamos infelizes, ainda que de forma potencial... ou seja, mesmo quando há factores que nos perturbam, a verdade é que o potencial para a felicidade está sempre conosco, e só temos que o concretizar para voltar a alcançá-la.
Sendo assim, acho que a felicidade não se restringe à esfera da satisfação de necessidades básicas. Passa sim pelo conhecermo-nos a nós próprios, pelo nosso poder de auto e hetero-análise e pelo cumprimento e aperfeçoamento dessa centelha de felicidade que nos acompanha sempre e que está sempre pronta a ser acendida.
Serei eu hj mais infeliz q ha uns meses atrás?...