Não muda a minha opinião. Tão simples quanto isso.
Eu não disse violência. Disse rotura e revolução. Não é necessário haver violência para haver uma descriminação, ou submissão de uma parte face à outra. Eu vejo o Feminismo como um movimento de rotura e revolução contra uma ordem que é aversa à mulher. Quando se começa a chegar a um campo onde a diferença entre ambos já não é tão antagónica e passa a ser necessário um trabalho de cooperação social, muitas vezes para combater não uma descriminação com base no género, mas proveniência social, credo, raça, riqueza, o que for, a questão acaba por ter de ser abrangida por outra terminologia que demonstre essa mesma vontade, e abrangência. Mesmo que, internamente, tenha agendas específicas para resolver cada caso em si dentro das discrepâncias sociais.
E se essa mesma terminologia não mude, terá de demonstrar essa vontade e força para trabalhar não só para a causa de demonstra no seu nome, mas sim a totalidade de questões que assim se apresentam. E ser aversa a outros movimentos que usam tal nomenclatura para promover as suas agendas discriminatórias e subverter.
Para mim é por fases. Estando uma fase terminada, segue-se para outra que é mais inclusiva e ampla. Claro, no contexto das Nações Unidas faz sentido que exista um departamento só ligado à mulher e ao Feminismo, já que o Mundo, na sua generalidade é hostil à mulher. Mas, posso dizer com alguma confiança, que o Mundo Ocidental, e quando digo isto digo o Primeiro Mundo como ele foi concebido nas suas fronteiras políticas e ideológicas durante a Guerra Fria, que este não é tão averso à mulher, se bem que não esteja propriamente cheio de candura para com a mesma. Acaba por ser, para mim, uma questão de civismo, bom senso, e numa espécie de concepção de uma sociedade utópica do ponto de vista social. Ou seja, um movimento amplo e generalizado que não vai combater questões de género, mas de credo, riqueza, nascimento, cor, raça, género, nacionalidade, culturais, idade, sexualidade, etc... E eu não consigo conceber o Feminismo como reunindo tudo isso em si.
Por outros lado, no que toca a temáticas da sexualidade e temas ligados à mesma, já sinto que existe muito mais adversidade para com tais faixas da população, e são necessários movimentos de rotura/revolução maiores e fortes. Embora não concorde com muitos dos M.O. desses movimentos de rotura.