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Contos gay
HLuso:
Jacinto estava entediado na sala...era Domingo, a família estava toda em casa, os pais , os tios, irmãos e primos....ele, juntamente com os mais novos, acampara junto à televisão a digerir alguns DVDs, comédias ligeiras americanas...Jacinto com as pernas estendidas sob um monte de almofadas, e o braço a segurar a cabeça, olhava como os demais, concentrado para o filme, esboçava sorrisos, e até libertava gargalhadas...mas Jacinto sabia que apenas tinha o piloto automático ligado, Jacinto na realidade não estava a ali...Jacinto estava no mundo dos entediados, daqueles que sofrem de tédio...
Jacinto já tinha completado os vinte e um anos, era um rapaz atraente, um corpo bem definido e proporcional, traços faciais perfeitos...Jacinto era meio louro, usava um cabelo meio rebelde, era muito fotogénico...as amigas na faculdade, e também antes no liceu, sempre o incentivaram a fazer um casting...entrar nas novelas, nos anúncios, ser modelo, ir a um reality show...etc., etc. tantas foram as sugestões para mediatização e comercialização da beleza de Jacinto... Mas ele não quis, sempre olhou com desdém para isso...Jacinto queria apenas tirar o curso de Gestão de Empresas, e ser um Gestor de Sucesso...apenas isso e mais nada, no meio disso sonhava com uma especialização nos EUA...Sempre se sentira atraído por NY, ou São Francisco, tantos foram os sites, documentários e revistas que jacinto tinha lido sobre essas terras...Onde os jovens gays apareciam sempre em óptima forma...Mas não era da forma física que Jacinto se sentia atraído...era da forma do estilo de vida, pareciam-lhe sempre jovens saudáveis, vestidos normalmente, positivos, atraentes...nada de bizarrias, depressões, obscurantismos e tacanhices...aos olhos de Jacinto os gays norte americanos eram na realidade saudáveis...
Sim, Jacinto era homossexual, para além de ser o melhor jogador de Hóquei do clube da sua cidade, Jacinto também era Homossexual, mas Xhiuuuu....Ninguém sabia, nem ninguém desconfiava...alguma vez o Jacinto que faz provas de todo-o-terreno com o jipe que o pai lhe ofereceu seria gay??Ou o Jacinto atlético dos patins, que muitos diziam chegar à selecção, seria Gay?...Claro que não, os Gays, são efeminados, sensíveis, deprimidos, estranhos, sem amor próprio, desajeitados, patos-feios que vestem roupas estranhas, bizarras e vivem à margem da sociedade....Jacinto jamais poderia ser Gay!
Mas Jacinto era Gay sim....e para si mesmo estava muito contente em ser gay, pois Jacinto era muito positivo, com muita força para viver e uma vontade enorme de alcançar os seus sonhos...Jacinto era querido por todos os seus amigos e familiares...e com jeitinho ia dando a volta às pressões usuais de Ter uma namorada, como os seus irmão, primos, e amigos da faculdade...Jacinto deixava as coisas andarem, dar tempo ao tempo....e além disso Jacinto não procurava amor...Jacinto sabia que não se procura amor, Jacinto como rapaz inteligente que era, sabia que o amor é que nos encontra...Pois quem mais procura, menos encontra...Jacinto não era uma rapaz com stress...Jacinto era um rapaz à maneira!
Um dia porém a vida de Jacinto iria mudar, Jacinto estava longe de tal adivinhar....
Jacinto ia para o seu usual treino de Terça-Feira, meteu o saco do equipamento no jipe, e pôs-se a caminho para o treino...já perto do pavilhão para onde ia, e antes de estacionar o jipe....os olhos de Jacinto o conduziram até um rapaz que de bicicleta fazia umas manobras junto a um campo, no mesmo recinto...era um verdadeiro acrobata, tinha uma destreza motora fantástica e dominava a modalidade...Jacinto estacionou o veiculo, pegou no saco e antes de se dirigir ao pavilhão foi ao encontro do tal rapaz para apreciar tal agilidade...
Jacinto aproximou-se do rapaz e parou a observar...o outro reparou e congratulou-o com um conjunto de manobras dignas de um qualquer programa de modalidades radicais...verdadeiramente espectacular...Jacinto sorriu, e respondeu deu com aplausos...
Então o rapaz parou e saudou Jacinto....e perguntou-lhe se queria experimentar...Jacinto respondeu que não, a sua modalidade era outra....o rapaz aparentava também uns vinte e poucos anos, olhos Verdes encadeantes, moreno em forma...e tinha algo no olhar de misterioso e ao mesmo tempo selvagem...Jacinto sentiu-se atraído, algo lhe escapava, e ao mesmo tempo o atraia neste rapaz da bicicleta....
- Onde costumas parar? Nunca te tinha visto, és de cá?...inquiriu Jacinto ao desconhecido rapaz.
Ao que ele respondeu que sim, mas que geralmente parava no passeio junto à marginal da praia, e que todas as notes ia à esplanada do Zé Surfista, tomar um copo ou um café...
Jacinto mostrou-se interessado em aprender umas coisas de tais manobras e o encontro então ficou marcado para o dia seguinte...
E assim se passou uma dia, Jacinto esteve sempre na expectativa de tal encontro...não era uma expectativa de natureza sexual, claro...era uma expectativa diferente, uma excitação mais profunda, mais intensa, daquelas que se tem antes de irmos fazer uma viagem...aquele nervoso miudinho quando se parte para uma aventura...
Lá estava ele junto no sitio combinado...era Verão e o calor estava abrasador...ele estava de tronco nu, tinha a camisa no muro que dava para a praia...e utilizava toda largura do passeio para cavalos e voltas acrobáticas que praticava com a sua bike....Jacinto aproximou-se dele, cumprimentou-o e perguntou-lhe o nome, pois no dia anterior tinha-se esquecido...Miguel Angelo, respondeu...chamo-me Miguel Angelo e tu...Jacinto apressou-se a responder e selou a troca de nomes, com um forte aperto de mão...
A noite passou e ambos se divertiram a fazer experiências com a bicicleta...no fim tomaram um refresco na esplanada mais próxima...
- Queres que te deixe em casa? Perguntou Jacinto a Miguel Angelo....ao que ele logo respondeu que sim...Onde fica? Retorquiu o jovem hoquista... sempre em frente, no sentido daquele forte abandonado, junto à praia dos caranguejos, vivo num bairro a norte...
E lá foram ele no jipe de Jacinto...percorrem toda a marginal, onde a luz amarela dos candeeiros. Ainda iluminava alguns casais que pela promenade passeavam...ao longe nos areais, perdiam-se sombras de possíveis apaixonados, que ao som do mar os seus desejos embalavam....
Já perto do forte...Miguel Angelo sugere a Jacinto senão podiam entrar no velho edifício, pois sabia de um sitio lá dentro, que tinha um óptimo muro rente ao mar...podiam ir lá fumar um cigarro...Fumas? Perguntou Jacinto...Claro que não. Respondeu Miguel...mas guardo na Mochila um maço para ocasiões de contemplação, mas sem vicio claro...Ok! Respondeu Jacinto, vamos...
Estacionaram o carro e dirigiram-se ao velho forte, que de um amarelo gasto e descascado, parecia receber a ondulação do mar, que na sua base rebentava, com a mesma força e vigor de outrora...entraram então por uma porta arrombada num dos cantos laterais do edifício...a luz entrava pelas janelas sem vidro que davam para o mar, mas era preciso acender um isqueiro para ver o chão, tal ara o entulho que por ali repousava...Jacinto e Miguel forma no sentido de uma das janelas, daquelas grandes e espessas mas sem vidro e expostas para o mar que ruidosamente ecoava em toda a ruina, treparam para o parapeito da janela e sentaram-se com as pernas para fora....frente ao mar onde o horizonte era mesmo uma linha que parecia terminar o céu de um quadro...Miguel tira então da Mochila um maço de tabaco e mete um cigarro na boca, dando um isqueiro a Jacinto para o ajudar com o lume, ali as ondas pulverizavam o ar com partículas molhadas e frescas, o que dificultava a operação...Nesse acende, não acende o cigarro, os rostos de Miguel e Jacinto aproximaram-se...o respirar dos dois rapazes tornara-se inebriante, o olhar de ambos tinha-se encontrado na direcção do desejo....Juntaram então os lábios....
Miguel e Jacinto amaram-se loucamente, percorreram os corpos um do outro, selvaticamente e apaixonadamente...O prazer e loucura de ambos contaminava o velho forte, e o rebentar das ondas pautava os gemidos da paixão....
Miguel Angelo tinha uns lábios carnudos e uma ardente sofreguidão, o pescoço de Jacinto beijou e de desejo o percorreu....Mas nesse momento, aquele de maior entrega e excitação...Miguel entre um beijo e um gemido de paixão, a jugular de Jacinto mordeu, com toda a força e vigor da sua pretensa juventude....
Miguel era um Vampiro...Um Vampiro que caminhava do passado para o futuro...Um vampiro cujo o presente era apenas um pequeno passo do seu infinito destino...Miguel Angelo era um Vampiro que a Jacinto tinha vindo dar a Imortalidade..
E agora???? Qual o futuro de Jacinto?
Quais os Próximos dias de Jacinto?
Se quiseres completar esta história continua este texto...mas atenção tenta não te baseares em Historias de ficção já conhecidas como “A entrevista com Vampiro” e outros tantos...
..senão quiserem colaborar...eu posso continuar, se quiserem claro..
Ou então pode-se contar (escrever) outras Histórias fantásticas! Só para apreciadores claro!
beijos e abraços
HLuso
Web_boss:
Bem este tópico é para fazermos contos. Como sabem um conto deve ser pequeno, não deve ter mais de seis posts, poucas personagens e narrativa densa.
Poderá ser uma história de amor, critica social, mas ter sempre a temática lgbt. Pensem muito bem antes de escrever e façam-no com qualidade. Pode ser que daqui saia um livro!
Hoje não tou muito inspirado para começar, preciso de estar na praia ou no campo para escrever bem, mas vou tentar.
A mentira
Lá no alto, em matizes que anunciavam alguma chuva, as nuvens num constante movimento de alteração de formas aproximavam-se cada vez mais nesta tarde conflituosa onde as vagas ganhavam volume e o vento trás a doçura da brisa de delicioso cheiro a maresia dava lugar a rajadas enfurecidas que agrediam o corpo e a alma.
Farto, sim, repito, cansado pelo que acontera na noite anterior, decidi apesar de nem a Natureza me acompanhar vir à praia da minha infância onde só o mar, a fina e dourada areia me sabem compreender e dar energias para continuar, qual Anteu.
(continuem)
oziris:
Olho para o mar, consigo ver aquilo que não sou, aquilo que quero ser e não consigo. Fecho os olhos, enfio as mãos na areia e sinto cada pequeno grão de areia que entre os meus dedos desliza.
Web_boss:
Novamente a minha mente é sobressaltada pelas imagens da noite anterior, que agora, horas depois, parecem como se de um pesadelo fossem originárias... mas sei que se voltar, verei que o pesadelo é real...
Foi então, nessa tarde, onde o vento varria violentamente a areia e o mar coberto de espuma branca parecia querer engolir a terra, que lá ao fundo avistei pela primeira vez a sua figura, como se de uma aparição transcendental se tratasse.
oziris:
Pareço um fantasma perdido na imagem de alguem, ontem estava feliz completo e eternamente preso a um ideal, hoje sou um pedaço de tempo.
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