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Comédias clássicas e contemporâneas
A abertura do “Mimarte 2008 - Festival de Teatro de Braga”, a 27 de Junho (21h30), faz-se às 21h30 de 27 de Junho, na sala principal do Theatro Circo, com “O Anjo de Montemuro”. Interpretado pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro, o trabalho dramático baseado no texto de Peter Cann e encenado por Steve Johnstone tem por cenário a Lisboa de 1755, atingida pela tragédia de um grande terramoto.
Do meio dos destroços, uma figura branca, ferida, acorda e começa a caminhar sem destino, deixando a cidade para trás. Passados muitos dias subiu a serra onde encontrou Álvaro, pastor cego que guardava o seu rebanho e que, no momento em que se cruzou com o estranho forasteiro, recuperou a visão. Naquele instante o milagre acontece e, com ele, o início das aventuras de «um anjo na serra».
Do sul, concretamente de Sines, chega à Arcada, a 28 de Junho (21h45), a peça “Nusquam”, de Julieta Aurora Santos, pela Companhia Teatro do Mar. Interpretado por Carlos Campos, Luís Mosteias, Sandra Santos e Sérgio Vieira, “Nusquam” coloca nas ruas do centro histórico «o retrato possível do homem contemporâneo na busca de si próprio e sa sua razão de ser no mundo».
Uma outra estreia no “Festival de Teatro de Braga” – o Grupo de Etnogtrafia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) – apresenta, a 29 de Junho (21h45), no Rossio da Sé, a “Comédia do Verdadeiro Santo António que Livrou o Seu Pai da Morte em Lisboa”.
Baseada no Teatro Popular Mirandês, a comédia deste quarto dia do festival concentra as atenções na importância de Fernando de Pádua junto da população portuguesa, mostrando como os milagres que o canonizaram se misturam com a lenda, mitos e história.
Em pleno desenvolvimento desta nona edição, o Teatro da Rainha (Caldas da Rainha) leva ao Rossio da Sé (30, 21h45) a comédia “O Fim do Princípio”, de Sean O’Casey, centrada na vida matrimonial em cenário rural e em todas as consequências que daí advêm. Não satisfeitos com as tarefas que cada um desempenha, marido e mulher, resolvem um dia inverter os papéis: ela parte para a lavoura enquanto ele fica a fazer o trabalho doméstico. Em resumo: um guião, uma peça para um conjunto de números burlescos, inspirados na estética do cómico «clownesco».
Dando seguimento à dramatização de textos nacionais, a Jangada Teatro (Lousada) apresenta a1 de Julho (21h45), no Rossio da Sé, “Os Filhos do Esfolador”, resultado de uma inesperada adaptação de textos de Camilo Castelo Branco e do galardoado valter hugo mãe que narra a história de António Pinto Monteiro, personagem que cedo se faz à vida através da mais fina ladroagem.
Habitual participante do “Festival de Teatro de Braga”, o “Teatro Ao Largo”, de Vila Nova de Mil Fontes (Beja), regressa este ano ao Rossio da Sé (2 de Julho, 21h45) com mais um clássico de Moliére – “Escola de Mulheres”. Com encenação de Steve Johnston, é protagonizada por Arnolfo, libertino pertinaz de meia-idade, que, ao fim de muitos anos a zombar dos maridos enganados pelas mulheres astutas, anuncia o seu casamento com a jovem donzela Inês. Contudo, a inocência de Inês não é a que Arnolfo espera e os contratempos começam a surgir…
“Que Seca!”, em versão “Revista e Aumentada”, é a peça que o bracarense PIFH - Produções Ilimitadas Fora d’Horas apresenta mais uma vez no palco do Rossio da Sé (3 de Julho, 21h45).
Da vizinha Galiza chega ao palco da sala principal do Theatro Circo, a 4 de Junho (21h45) mais um clássico das artes teatrais – “Noite de Reis” – do dramaturgo britânico William Shakespeare.
Interpretado pelo Centro Dramático Galego, de Santiago de Compostela, “Noite de Reis” coloca em cena o naufrágio dos gémeos Sebastião e Violeta, na costa da ilha Ilíria. Crendo que seu irmão morreu, Violeta faz-se passar por um jovem pagem e passa a servir na corte do duque Orsino, irremediavelmente apaixonado por Olívia. Contudo as trocas de identidade são mais do que aquelas que no início se revelam e os equívocos, enganos e situações hilariantes são uma constante até ao desfecho da comédia.
Também de Espanha, desta vez de Málaga, o Grupo Acutema apresenta-se a 5 de Julho (21h45) no Museu de Arqueologia Dom Diogo de Sousa com a tragédia “As Bacantes”, de Eurípides.
A encerrar o “Festival de Teatro de Braga” (6 de Julho, 21h45), o teatro clássico volta ao palco do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa com a comédia “As Vespas”, de Aristófanes, pelo Grupo Thíasos da Universidade de Coimbra.
Nesta comédia, encenada por Carlos Jesus, Aristófanes satiriza o mau funcionamento das instituições democráticas, centrando-se sobretudo, na situação dos tribunais atenienses.
Os ingressos para os espectáculos apresentados no Theatro Circo, a 2 euros, já se encontram disponíveis. Os espectáculos apresentados no Rossio da Sé têm acesso livre, sendo os cerca de 400 lugares sentados ocupados por ordem de chegada ao recinto.