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Olá Visitante30.mar.2023, 08:34:03

Autor Tópico: Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas  (Lida 18407 vezes)

 
Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
#40

Offline alexa87

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  • If life is so short....
A minha opiniao acerca desse filme é k pior que o second life só um filme em com tela preta...para além de que a imagem que dá da homo/bi-sexualidade é a pior.
    take a chance to be different

    Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
    #41

    Offline Cátia.

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    • So, what difference does it make ?
    A minha opiniao acerca desse filme é k pior que o second life só um filme em com tela preta...para além de que a imagem que dá da homo/bi-sexualidade é a pior.

    Nunca o vi e fui pesquisar o trailer agora por tarem a falar dele. A falta de interesse pelo filme manteve-se  :-X
      Oh, it makes none...

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      #42

      Offline gumby

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      • It is possible to see a rainbow in the dark.
      A publicidade ao novo jornal diário «i», que se estreia nas bancas dia 7 de Maio, pode-se considerar LGBT.

      jornal i


      Eu já tinha visto isto na TV, mas não tinha percebido que era do jornal, mas gostei bastante.  :)

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        #43

        Fetch!

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        Associação ILGA Portugal - Manga Curta

        A Associação ILGA Portugal, a maior e mais antiga associação portuguesa de defesa dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros (LGBT), e a W/Portugal Publicidade lançaram em Janeiro de 2005 a primeira campanha publicitária portuguesa visando alertar a população para o preconceito homófobo e a discriminação de que ainda são alvo as pessoas LGBT.



        _________________________________________________________________________________________________________________________________________


        Morrer Como Um Homem - um filme de João Pedro Rodrigues.

        "Era uma vez uma guerra...
        Numa noite escura, um soldado deserta.
        Tonia, uma veterana do espectáculo de travesti lisboeta, vê desabar o mundo à sua volta. O seu estrelato é ameaçado pela concorrência das artistas mais novas.
        Pressionada pelo seu jovem namorado Rosário a assumir a identidade feminina, submetendo-se a uma operação de mudança de sexo, Tonia luta contra as suas convicções religiosas mais profundas: se, por um lado, quer tornar-se a mulher que Rosário tanto deseja, por outro, acredita que perante Deus nunca poderá ser essa mulher. E o soldado desertor, o filho que ela tinha abandonado em criança, vem à sua procura.
        Tonia descobre que está doente. Com o pretexto de visitar o irmão de Rosário, foge para o campo com o namorado. Perdem-se numa floresta encantada, um mundo mágico onde encontram a enigmática Maria Bakker e a sua amiga Paula.
        E este encontro vai mudar as suas vidas."

        « Última modificação: 11 de Dezembro de 2009 por Fetch! »

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          #44

          Kiko20

          • Visitante
          Só conheço os que já foram referidos. Uma vez, há quase dez anos, vi uma curta-metragem portuguesa sobre um jovem de 20 anos que tinha um affair com um homem mais velho que era bissexual. Acordavam os dois juntos após uma noitada e terminava com um beijo entre os dois. Infelizmente, não me recordo do nome.

          Podíamos também citar séries e novelas. Recordo-me que a série Riscos, que foi muito boa, e a série 20 Anos, tinham personagens homossexuais e abordavam o tema. Na série Riscos, que foi transmitida em 1997, se não me engano na data, havia uma abordagem mais aprofundada e muito bem feita da homossexualidade de um dos personagens principais, o Ulisses, que fugia em todos os aspectos ao estereótipo do gay bicha.


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            #45

            Offline Symphonic

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            Só conheço os que já foram referidos. Uma vez, há quase dez anos, vi uma curta-metragem portuguesa sobre um jovem de 20 anos que tinha um affair com um homem mais velho que era bissexual. Acordavam os dois juntos após uma noitada e terminava com um beijo entre os dois. Infelizmente, não me recordo do nome.

            Podíamos também citar séries e novelas. Recordo-me que a série Riscos, que foi muito boa, e a série 20 Anos, tinham personagens homossexuais e abordavam o tema. Na série Riscos, que foi transmitida em 1997, se não me engano na data, havia uma abordagem mais aprofundada e muito bem feita da homossexualidade de um dos personagens principais, o Ulisses, que fugia em todos os aspectos ao estereótipo do gay b****.



            Também me lembro! Lembro-me que na altura aquilo me baralhava! lol

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              #46

              Fetch!

              • Visitante
              Dois anúncios alertam para risco de infecção
              Correio da Manhã On-line - 13 Janeiro 2010

              Estado promove preservativo para casais gay

              Um é para relacionamentos estáveis, outro para ocasionais. Tratam-se de dois anúncios que a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida vai lançar na próxima segunda-feira para promover o preservativo.

              A campanha estará presente em televisões, nos cinemas e nos ATM e “visa a consciencialização do risco de infecção por VIH em todas as relações sexuais, independentemente da orientação sexual dos (as) parceiros (as) e das relações sexuais, estáveis ou ocasionais”, refere o Alto Comissariado da Saúde em comunicado.

              “Esteja sempre prevenido” e “prevenção faz parte da rotina" são palavras-chave das mensagens da campanha que estará em exibição durante um mês.






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                #47

                Offline Danny^^

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                www.umfuneralachuva.com

                ainda n estreou, mas aborda a tematica lgbt

                  Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                  #48

                  Offline carolas

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                  Vi ontem pela primeira vez esse 1º anuncio do uso do preservativo no cinema  :)
                    "Rap is something we do, Hip Hop is something we live"

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                    #49

                    Alpha

                    • Visitante
                    Acho que também deviam haver "versões hetero" desses anúncios agora pelo simples facto de, só com estes dois, passar uma certa ideia de que é um doença restrita a homossexuais. É certo que grande parte da população sabe (espera-se) o suficiente sobre a doença, mas mesmo assim..

                      Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                      #50

                      Offline blueboy

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                      Acho que também deviam haver "versões hetero" desses anúncios agora pelo simples facto de, só com estes dois, passar uma certa ideia de que é um doença restrita a homossexuais. É certo que grande parte da população sabe (espera-se) o suficiente sobre a doença, mas mesmo assim..

                      Pois, compreendo o teu ponto de vista. Devia haver uma campanha transversal e com a mesma forma para todo o tipo de casais ao mesmo tempo. Bem, mas esperemos que todos os anúncios dos últimos tempos (principalmente aqueles mais marcantes com figuras públicas, já tenham ajudado a desmistificar o facto de que todos estamos sujeitos ao HIV e a outras IST's. Vamos ter o optimismo de ver esta campanha como um alargamento dos esforços de proteger tod@s e não como mais uma forma de exclusão.
                        Ainulindalë

                        Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                        #51

                        Fetch!

                        • Visitante
                        Unir e não fracturar - Nova campanha publicitária da ILGA Portugal executada pela Lowe
                        Fevereiro - 2010

                        A ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero lança hoje a sua segunda campanha publicitária anti-homofobia a nível nacional, executada em regime pro bono pela Lowe.

                        No momento em que o Parlamento português aprova a igualdade no acesso ao casamento e coloca Portugal como um exemplo a seguir em termos mundiais na luta contra a discriminação, a campanha vem também marcar que é tempo de reconhecer que lésbicas e gays são mães e pais, filhas e filhos, irmãs e irmãos, vizinhas e vizinhos, amigas e amigos, familiares ou colegas - e que é tempo de deixar de dizer "eles" ou "elas" e de finalmente passarmos todas e todos a dizer "nós".

                        A campanha é composta por um spot de televisão (30’’) que começará a ser exibido hoje em vários canais, tendo ainda o apoio da SIC Esperança; cartazes de grande formato, com o apoio do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu e com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa na sua divulgação, que se estenderá subsequentemente a todo o país; e um anúncio para cinema e Internet (60”) que estará disponível online.

                        http://www.ilga-portugal.pt/noticias/campanha.htm





                        Spoiler (clica para mostrar/esconder)


                        Spot "family guy" da campanha da ILGA Portugal

                        « Última modificação: 11 de Fevereiro de 2010 por Fetch! »

                          Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                          #52

                          Offline carolas

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                          • Membro Ultra
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                          Adorei a nova publicidade da ilga  :D
                            "Rap is something we do, Hip Hop is something we live"

                            Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                            #53

                            Offline choice

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                            Adorei a nova publicidade da ilga  :D

                            tb eu! já vi na rua!! :D

                              Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                              #54

                              Offline carolas

                              • *****
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                              Estavamos a ver tv qd começa a dar a nova publicidade da ilga "unir nao fracturar", eu meto mais alto e digo pra minha mae ouvir pq é mt gira...no fim da publicidade a minha mae começa a ralhar a dizer que aquilo não tinha jeito nenhum e que era contra aquilo e nao sei quê, (se todas as pessoas tomassem a mesma atitude que ela mas em relaçao às guerras por exemplo, digo-vos já que o mundo era um lugar mt mais pacifico lol  )... depois passado pouco minutos tava se ela a ir embora da sala e começa a dar a publicidade gay dos preservativos, eu chamo-a e digo para ela ver aquela publicidade..no fim ela ainda ralha ainda mais e diz que devia ligar para a tv pq nao deviam passar publicidades daquelas, que aquilo nao tinha jeito nenhum...e eu sempre a rir com a atitude dela   lol
                                "Rap is something we do, Hip Hop is something we live"

                                Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                                #55

                                Miguelinho

                                • Visitante
                                A dos preservativos adoro, gosto mais de ver a das relações estáveis, e até já vejo nos espaços publicitários das paragens de autocarro, da nova agora da ilga ainda não vi na tv nem na rua.

                                  Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                                  #56

                                  Fetch!

                                  • Visitante
                                  Unir e não fracturar - Nova campanha publicitária da ILGA Portugal executada pela Lowe
                                  Fevereiro - 2010

                                  Spot "family guy" da campanha da ILGA Portugal

                                  http://www.youtube.com/watch?v=cIK3F8Vg4TA

                                  ProntoS, já faltavam estes e a homofobia mal disfarçada.  [smiley=chicote.gif] Primeiro, várias vozes se levantarem contra o apoio da CML à campanha da ILGA porque supostamente tinha sido paga por dinheiros públicos, sendo ridículo e mentira uma vez que toda a campanha foi feita em regime pro bono pela Lowe. Agora, deu-lhes para isto;


                                  PSD quer apurar condições de apoio camarário a campanha da ILGA
                                  Lusa / SOL

                                  O grupo do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa entregou hoje um requerimento de esclarecimento sobre as condições do apoio camarário a uma campanha da ILGA – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero, questionando os motivos da participação autárquica

                                  Segundo o documento, disponibilizado à Lusa, o objectivo é saber «com urgência» se o apoio foi decidido em reunião de câmara e qual o pelouro responsável e apurar quantos suportes de publicidade (mupis) foram cedidos, eventuais isenções de taxas de publicidade e que valor de taxas seria aplicável a uma campanha publicitária comercial em moldes idênticos.

                                  Em causa estão cartazes que incluem o símbolo do município e mostram uma mulher e uma criança e a legenda 'Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?'.

                                  No entanto, para o presidente do grupo municipal do PSD, António Prôa, não basta apenas questionar os valores e as condições do apoio camarário, mas também a possibilidade de a iniciativa servir de «carta de intenção» para uma eventual tomada de posição do PS na Assembleia da República.

                                  «O que mais nos preocupa é o que isto significa em termos de estarmos ou não a preparar o caminho para um próximo passo, que é a adopção por casais homossexuais», afirmou o responsável, para quem a campanha remete para a defesa deste direito «sob a pretensão de uma mensagem anti-homofobia».

                                  «O Governo do PS tomou uma posição contrária à adopção por homossexuais e esta posição da câmara [de maioria socialista] deixa antever que, afinal, se calhar não é bem assim», sustentou.

                                  No requerimento, o grupo do PSD refere que a câmara «patrocinou uma campanha que configura a defesa de um ato não permitido pela lei portuguesa» e relativo a um «tema fracturante da sociedade portuguesa».

                                  http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=163741


                                  Como explicar?
                                  Pedro Santana Lopes - Sábado, 20 de Fevereiro de 2010

                                  (...) devo dizer que o Grupo de Vereadores do PPD/PSD já tomou a posição de censurar o patrocínio da Câmara Municipal de Lisboa a essa campanha da Ilga sobre "...uma Mãe lésbica?". A questão é: porquê e para quê esse apoio? Querem ir para lá das leis que ainda nem o são, que, por enquanto, ainda nem saíram do Parlamento? Hipóteses de lei que, aliás, não contemplam, sequer, a adopção por pessoas do mesmo sexo... Diga - se que por recusa, também, do PS, ir por esse caminho. Que sentido faz, então, esse patrocínio? Nenhum!

                                  http://pedrosantanalopes.blogspot.com/2010/02/como-explicar.html

                                  ________________________________________________________________________________________________________________________________________


                                  Post de Miguel Vale de Almeida no blog "OS Tempos Que Correm" sobre os casos;

                                  Eu não sou homofóbico mas
                                  Miguel Vale de Almeida - 23.February.2010

                                  Santana Lopes está factualmente errado. A campanha não promove a adopção por casais do mesmo sexo. Podia fazê-lo, é claro, e isso até seria óptimo. Mas não o faz. O que faz é falar de realidades familiares que existem: pais e mães que são, ou descobrem ser, gays e lésbicas. Que Santana não o perceba (ou faça por não o perceber) é um sinal da ignorância que por aí grassa - a ideia de que a única coisa em causa é a possibilidade futura de casais do mesmo sexo adoptarem, quando já existem muitas famílias formadas à partida por casais do mesmo sexo. Os debates sobre a homoparentalidade não se limitam à adopção, mas envolvem também a procriação medicamente assistida e, talvez com mais urgência (por envolver crianças já existentes), a co-adopção - a possibilidade de @ parceir@ que não tem a parentalidade legal poder passar a tê-la também, algo que se aplica a famílias que existem, aqui e agora). E, claro, envolvem também a pedagogia em torno do coming out dos pais e mães aos filhos.

                                  PS: opiniões como a de Santana são sempre comentadas pelos próprios com um post-scriptum: “A nossa posição não é homofóbica”. Right. Faz lembrar o “eu não sou racista mas”.

                                  PPS: e tudo indica que o PSD quer fazer disto mais um “caso” de supostas misturas entre dinheiros públicos, associações, influências partidárias, etc, quando já tudo foi explicado e bem explicado pela Associação ILGA-Portugal.

                                  http://blog.miguelvaledealmeida.net/?p=1163
                                  « Última modificação: 24 de Fevereiro de 2010 por Fetch! »

                                    Filmes, publicidade e campanhas LGBT portuguesas
                                    #57

                                    Fetch!

                                    • Visitante
                                    Na continuação do post anterior;

                                    Câmara de Lisboa cedeu mupis sem custo para campanha cívica da ILGA
                                    por Agência Lusa, Publicado em 24 de Fevereiro de 2010   

                                    O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), justificou hoje a cedência de mupis da autarquia à associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero com o caráter cívico da campanha pela não discriminação dos homossexuais.

                                    A questão foi levantada na reunião pública do executivo municipal pelo vereador social democrata Pedro Santana Lopes, que considerou que faltou "bom senso" a uma campanha que aparece "com o cunho da Câmara".

                                    Os cartazes mostram uma mulher e uma criança e a legenda "Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?".

                                    "O que me fez impressão naquela campanha é o facto de ser dirigido às crianças", afirmou Santana Lopes, relacionando a campanha com o tema da adoção por parte de homossexuais, não prevista na lei que aprova o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, já adotada pelo Parlamento.

                                    António Costa argumentou, contudo, que a campanha em causa "não tem nada a ver com a adoção" por parte de casais homossexuais. "Tem a ver com a não discriminação e chama a atenção para o facto de, independentemente da adoção, haver pais e mães homossexuais", disse.

                                    "É uma campanha pela não discriminação, não me parece que suscite particulares questões", frisou o autarca.

                                    António Costa explicou que as estruturas da autarquia para os mupis são usadas para "mensagens próprias do município", para promoção de actividades culturais, quer promovidas pela Câmara quer por outras entidades, e para "qualquer campanha de carácter social e cívico".

                                    Foi neste âmbito que foram cedidas à ILGA, explicou, "sem custos" para a autarquia na campanha. "A contrapartida é a inclusão do símbolo do município [nos cartazes], sem custos. O município apenas disponibiliza o espaço", informou.

                                    O grupo do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa entregou na terça feira um requerimento questionando a Câmara sobre as condições do apoio camarário à campanha.

                                    Para o presidente do grupo municipal social democrata, António Prôa, não basta apenas questionar os valores e as condições do apoio camarário, mas também a possibilidade de a iniciativa servir de "carta de intenção" para uma eventual tomada de posição do PS na Assembleia da República.

                                    "O que mais nos preocupa é o que isto significa em termos de estarmos ou não a preparar o caminho para um próximo passo, que é a adoção por casais homossexuais", afirmou o responsável, para quem a campanha remete para a defesa deste direito "sob a pretensão de uma mensagem anti-homofobia".

                                    http://www.ionline.pt/conteudo/48390-camara-lisboa-cedeu-mupis-sem-custo-campanha-civica-da-ilga

                                    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

                                    Post de Paulo Côrte-Real no blog "Jugular" referente às polémicas em torno da campanha da ILGA;

                                    A realidade, agora a cores
                                    Paulo Côrte-Real - 25 de Fevereiro de 2010

                                    Depois desta notícia em que descobrimos também que o grupo do PSD na CML parece acreditar que é ilegal uma mãe ser lésbica ou um pai ser gay (o grupo do PSD pediu esclarecimentos e claramente precisa de ser esclarecido), António Costa vem explicar o que deveria ser evidente. 
                                     
                                    1. A campanha da ILGA, executada pro bono pela Lowe, obteve o apoio na divulgação da SIC Esperança e da CML em Lisboa, através da cedência de um circuito de 40 mupis integrado na rede da CML que se destina a publicidade não comercial. O mesmo apoio aconteceu de resto em Janeiro 2005 com a campanha "Pelo direito à indiferença", na altura com um executivo camarário do PSD (liderado então por Carmona Rodrigues, pouco antes do regresso de Santana Lopes, após este ter cessado funções como Primeiro-Ministro). 
                                     
                                    2. Para quem tem dificuldade em perceber, porque o preconceito frequentemente tolda o entendimento, e porque a ignorância também não ajuda à leitura, o objectivo da campanha é que cada pessoa seja capaz de pensar sobre si e sobre as pessoas que lhe são próximas e queridas e que perceba que lésbicas e gays são, espanto dos espantos, pessoas - com relações familiares e relações de afecto cujo fulcro se sobrepõe naturalmente à orientação sexual.
                                     
                                    E claro que a campanha não é sobre adopção mas é também sobre parentalidade e sobre a irrelevância da orientação sexual para o seu exercício. Sim, há muitas mães lésbicas e pais gays em Portugal - só é preciso saber olhar à volta. Que isso "choque" quem quer que seja só prova aliás a necessidade da campanha. Em todo o caso, não deixa de ser impressionante a obsessão com a adopção (e aqui pelos vistos por parte de quem nem sequer percebeu que existe adopção singular em Portugal) sempre que se faz uma alusão a qualquer tema relacionado com parentalidade. É que há muitos outros.

                                    Mas é evidente que o "direito à indiferença" é o objectivo último nesta campanha também. Ao questionar-se, cada pessoa poderá perceber que a orientação sexual é só mais uma característica que não deveria justificar um piscar de olhos. Mas porque estamos longe dessa indiferença, como temos vindo a ver repetidamente, é fundamental haver muito trabalho de luta contra a discriminação. E é fundamental que os poderes públicos participem nessa luta, que está longe do fim. É isso, de resto, que a CML tem vindo a fazer em diversas iniciativas ao longo de mais de uma década, sob diferentes gestões.
                                     
                                    Vale a pena lembrar que o mote com que a ILGA lançou esta campanha foi "Unir e não fracturar", que poderia ser uma boa descrição da luta mais abrangente contra a discriminação. E vale a pena também lembrar que a discriminação é considerada um desvalor pela nossa Constituição - nomeadamente a que acontece com base na orientação sexual, de acordo com a redacção actual aprovada com a unanimidade dos partidos com representação parlamentar. O objectivo do PSD quer na AR quer na CML já foi também o desta campanha, portanto.

                                    Parece que entretanto este PSD optou por incentivar a fractura - para além deste pedido de esclarecimento, basta ver que Pacheco Pereira inclui com orgulho fotos de neonazis no seu blog ou que Marcelo Rebelo de Sousa foi cantar o "We are family" para a Av. da Liberdade. Mas se algum PSD procura agora incentivar posições extremistas e de um populismo tosco que, tal como no passado, se revelarão certamente contraproducentes, esse aparente retrocesso civilizacional não consegue impedir o progresso no país - nem consegue impedir a realidade, agora a cores.

                                    http://jugular.blogs.sapo.pt/1622331.html

                                       

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