secundária de cascais alguem? 
Conheço quem lá andou, serve?

Queria perguntar uma coisa aqui ao pessoal cascalense. Aconteceu-nos um professor dizer-nos que não têm bullying homofóbico na sua escola, ao que obviamente é algo ridículo de se dizer uma vez que os professores não conhecem todos os alunos da escola e não podem de qualquer maneira saber com toda a certeza a orientação sexual ou identidade de género de todos os alunos, nem sequer de uma ínfima parte.
Isto porque a orientação sexual e a transsexualidade são características invisíveis de cada pessoa, e sendo assim os jovens LGBT sofrem a discriminação recorrentemente "na cara", pois quem fala não faz ideia de que está com um jovem LGBT. Da mesma forma que ao sermos alvo de discriminação não temos o mesmo tipo de apoio que outras minorias têm, pois o contar a um amigo, a um professor, a um funcionário ou a um familiar implica exposição e implica possíveis resultados negativos, o que faz com que as pessoas escolham não se expor e deixem as coisas para si próprios, acabando por ter de lidar sozinhos com a situação e sofrer isoladamente, ao contrário, por exemplo, de pessoas de diferentes etnias, que lidam com a sua "diferença" de forma visível e por isso completamente diferente, tendo um porto seguro e compreensão automática em casa, com amigos e na comunidade escolar.
Por estas razões é que nenhum professor pode afirmar o que este nos disse, pois se diz que não existe é simplesmente porque não lho foi relatado. Fechar os olhos a isto é pura ignorância e incompreensão do tema em questão. Tal foi, que a seguir falámos com outra professora do mesmo estabelecimento que nos disse que teve alguns problemas devido a atitudes homofóbicas entre os alunos.
Assim sendo, peço-vos que partilhem alguns casos de que tenham conhecimento, dos mais "brandos" aos mais "agressivos", para que possamos confrontar quem nos diga algum dia que não existe discriminação na sua escola.
Eu posso começar, apesar de não ser uma visão atual, pois já lá vão uns anitos desde os meus anos de básico e secundário, mas presenciei na 1ª pessoa e na 3ª pessoa casos de homofobia na Cidadela e na Ibn Mucana respetivamente. Nomeadamente o espicaçar e o chatear de alunos percetíveis como homossexuais, casos de gozo continuado, que obviamente atingem as vítimas psicologicamente, quer sejam LGBT ou não. Isto são casos de bullying homofóbico, que numa situação ou outra pode não ser continuado numa relação agressor-vítima, mas que é continuado quando aplicado por diversos agressores ao longo do tempo a uma vítima, ou aplicado a diversas vítimas ao longo do tempo por um agressor.
Se tiverem algo que possam partilhar, talvez possamos todos aprender um pouco do que se passa nas nossas escolas e como ultrapassar estas situações.