Capitalismo é a erva daninha das sociedades actuais. Capitalismo não é mais do que outra denominação que se dá ao
Liberalismo, denominação inventada pelos capitalistas britânicos John Locke e Adam Smith. Não percebi porque é que estes senhores tinham tanto medo em usar o termo "capitalismo". Honestamente, liberalismo soa-me muito pior, dá ideia de anarquia económica, em que é cada um por si e quem é pobre que se amanhe.
Defendo a expansão económica, mas noutros parâmetros. O termo Capitalismo, no sentido lato, não me agrada e chega até a irritar-me. O capitalismo exige crescimento económico contínuo, e, inevitavelmente, esgota os recursos naturais finitos da Terra e outros recursos amplamente utilizados.
O capitalismo está associado à 1) desigual distribuição de rendimento e poder, é uma tendência de monopólio ou oligopólio no mercado; 2) imperialismo, 3) "guerra" contra-revolucionária e várias formas de exploração económica e cultural, 4) "repressão" dos trabalhadores e sindicalistas e 5) fenómenos como a alienação social, desigualdade económica, desemprego e instabilidade económica.
Muitas religiões também são contra este modelo económico. O judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo proíbem emprestar dinheiro a juros, embora os métodos bancários tenham sido desenvolvidos em todos os três casos e adeptos de todas as três religiões são autorizados a emprestar para aqueles que estão fora da sua religião.
Como socialista, acho o capitalismo um sistema irracional em que a produção e a direcção da economia não são planeadas, criando muitas incoerências e contradições internas.
Contudo, não acho que as críticas do Marxismo ao Capitalismo façam sentido. Os marxistas defendiam o derrubo do capitalismo que levaria ao socialismo, até à sua transformação que daria origem ao comunismo. E muitos aspectos do capitalismo estiveram sob ataque do movimento anti-globalização, que é essencialmente contrário ao capitalismo corporativo. Eu sou a favor da Globalização, só que ela não foi feita como devia ter sido. Faltou moderação e controlo por parte dos Estados. Portanto, para mim nem Marxismo nem Capitalismo fazem sentido. Eu fico no meio e no meio é que está a virtude.