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Poesia
sleepy_heart:
Foi de mim ou do perfume?
Teria eu outro aroma e poderia ter sido diferente?
De que flores gostas?
E porque gostas delas?
A essência, o aroma, ou a aparência?
Os olhos, os lábios, o sorriso...
Terias gostado de tudo isso
Se eu tivesse outro perfume?
E as palavras? Doces ou amargas?
Como preferes o café?
E se eu tocasse piano, ou jambé?
O ritmo e o compasso de espera que não houve?
O amor é sentido nos sentidos,
e depende só disso.
Vou para longe, mas e os cheiros?
Não, não creio que o mesmo perfume noutra pessoa tenha o mesmo efeito.
A pele, é a mistura do perfume com o cheiro da pele.
Todas são diferentes.
O cheiro natural comanda? Comandará? Quem saberá?
Spektrum:
Presságio
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
24/04/1928
Sinvastatina:
[size=17px !important]Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.
Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.
Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.
And you, my father, there on that sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.
[/size]
Dylan Thomas
unfold:
https://www.youtube.com/watch?v=Yhi6y1XWb-E
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