Enquanto uma das proponentes da moção relativa ao Grupo de Trabalho dos Núcleos Locais (que, achava eu, estava escrita de forma clara e bastante objetiva, mas estou - como sempre estive - disponível para esclarecer qualquer ponto menos claro), confesso-me chocada pela confusão que isto está a gerar.
Em primeiro lugar, recordo que o objetivo primordial com que essa moção foi escrita foi o de criar um espaço de trabalho aberto a tod@s e aproveitar-se as opiniões, experiência e vontade de trabalhar das pessoas que querem ajudar este projeto da associação.
Na minha cabeça (e sei que o T-Rex - o outro proponente desta moção - concorda neste ponto), a ideia era tão simplesmente criar uma mailing list (reforço, caso ainda não tenha sido clara:) aberta a TODAS AS PESSOAS INTERESSADAS em trabalhar e ajudar no projeto, independentemente do background, de pertencerem aos órgãos sociais da rede ex aequo ou não, do momento em que se juntassem ao grupo ou mesmo da sua visão (já que visões diferentes, se aproveitadas de forma construtiva, promovem resultados mais satisfatórios para todos) e, de forma autogerida (ainda que sob a supervisão da Direção), discutirem-se tarefas e "meter mãos-à-obra". Apenas isto. Uma mailing list com pessoas a falar entre si, distribuição de tarefas e começar a trabalhar-se efetivamente.
Como tal, não consigo conceber:
1) Qualquer processo de seleção, avaliação ou o que for das pessoas neste ponto - como, aliás, já o deixei claro neste fórum e junto de elementos da Direção (talvez não com palavras tão fortes, mas que infelizmente parecem necessárias nesta fase);
2) Que passado quase 1 mês e meio da AG estejamos aqui com burocracias de candidaturas, entrevistas individuais e a perder o tempo uns dos outros (como assim marcarem-se 3 entrevistas com a mesma pessoa ou mesmo marcar-se 1 entrevista e as pessoas simplesmente não comparecerem??) - depois em dezembro vai-se dizer em AG que "não houve tempo" ou que afinal "as pessoas ficaram desmotivadas" e que por isso não se fez o que O Órgão Máximo da Associação deliberou, recordo, por unanimidade. Este ponto choca-me ainda mais já que, se vários elementos da Direção e outros tantos que se candidataram a estes Grupos de Trabalho estavam presentes e aprovaram isto, não consigo entender como raio de gerou tamanha confusão;
3) Que a moção esteja aparentemente (mesmo que não seja essa a intenção, é de facto a imagem que está a passar) a ser interpretada como convém e não como foi discutida e aprovada em AG.
Alerto ainda para o facto de que todo este procedimento, além de sair fora do espectro do que foi aprovado em AG - sendo, como já apontado anteriormente, ilegal - e para o qual já várias vezes as pessoas foram alertadas por associados diferentes, está ainda a ter impactos altamente nocivos em termos de:
- Destruir pontes de comunicação (e esforços de elementos dentro e fora da Direção no sentido de construir diálogos), que têm sido construídas ao longo dos últimos tempos;
- Aumentar um clima de desconfiança, falhas de comunicação e falta de transparência;
- Afastar pessoas com larga experiência neste projeto que querem ajudar a inverter esta tendência de instabilidade no projeto e apoiar na recriação de bases mais sólidas para o mesmo;
- Afastar novos voluntários com novas ideias que olham para esta confusão e não apenas não se revêem nisto, como acabam por não se querer envolver (o que a médio-longo prazo tem grandes consequências em termos de garantir o futuro da Associação).
Juro que não entendo a relevância de andarmos aqui a perder o tempo uns dos outros com burocracias, discussões que não interessam a ninguém e a criar um mal-estar geral quando tudo o que se pretende (ou pretendia) é tão-somente ajudar o projeto a alcançar as pessoas que dele precisam. Ninguém ganha nada com isto... perdemos todos.
Se querem efetivamente fomentar uma comunicação aberta, aproveitar a boa-vontade dos voluntários disponíveis e poupar tempo (focando-se as energias em produzir algo de útil em vez de nisto), abram uma mailing list ou convoquem uma reunião com todos os interessados e deixem-se destas complicações. Além de altamente improdutivo, isto mais parece um esforço focado em fazer vencer as pessoas pelo cansaço para que cheguem a um ponto em que se fartem disto e deixem de estar disponíveis. Estou perto desse limite, como sei que tantos outros estão. Se querem fazer as coisas como é suposto, deixem-nos ajudar. Se não pretendem colocar em prática o que efetivamente foi deliberado em AG, assumam-no de uma vez e trataremos do que tivermos que tratar na próxima Assembleia Geral.
Têm os meus contactos. Chamem-me quando for para trabalhar. Não estou para perder mais do meu tempo com isto.